segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Van Duitsen bloed

Algumas pessoas sabem que eu sou obcecado por hinos, especialmente nacionais. Pois é, se você não sabia, saiba: eu sou obcecado por hinos, especialmente nacionais.

Começo abaixo, portanto, a série...

Hinos batráquios

Começando pelo lendário Het Wilhelmus, a canção pátria da República das Províncias Unidas - vulgo Holanda - que, segundo alguns, é o hino nacional mais antigo do planeta (levando-se em conta a combinação hino+música).



Eu, por sinal, tenho uma proposta de mudança no nosso hino (não confundir com nó suíno). Sim, porque convenhamos que a melodia é excelente e a letra é impecável, mas é difícil responder assim na lata: quem ouviram? As margens plácidas, como creio eu? Ou ouviram sujeito indeterminado? Além disso, eu por exemplo, só ontem, devo ter usado umas cinco vezes, em contextos completamente diversos, os substantivos "lábaro", "flâmula", "clava" e "florão", os adjetivos "fúlgido", "impávido" e "garrido" e, como não poderia faltar, o verbo "fulgurar", demonstrando como a letra do ilustre Joaquim Osório Duque Estrada reflete fielmente a fala cotidiana do brasileiro. Quanto à melodia do não menos inoxidável Francisco Manuel da Silva, convenhamos que tem uma introdução batuta, mas desnecessariamente longa. Podiam dar o tom e partir logo pro famigerado ouviram tchá-lá-lá tchá-lá lá-lááá lá-lá (variante Felipe Melo do hino).



Depois, podiam cortar toda aquela parte entre "se o penhor" e "cruzeiro resplandece" e ir direto pro "gigante". Aí o final rococó permaneceria. Se você se lembrar, aliás, das exíguas vezes em que o hino brasileiro foi executado em Pequim nas Olimpíadas do ano passado (graças ao maravilhoso COB), perceberá que a versão lá usada é mais ou menos essa. Não seria, claro, uma mudança definitiva na canção: seria a criação de uma versão redux pra tocar justamente nessas situações.

Obs.: Os vocábulos aparentemente deslocados no post acima foram inspirados no homem, na lenda, no mito: o genial Carro Velho.

3 comentários:

bruno disse...

Felipe Melo, ele mesmo, a transferência mais cara da janela italiana, é mole? que fim de feira vive o calcio...

Mariana Kamiya disse...

Dizem as más linguas que o nosso estimado Hino Nacional não passa de um plágio de uma sonata do imortal ídolo do Heavy Metal, Niccolò Paganini. Escute Centone di Sonata n. 1 para violino e violão e tire suas próprias conclusões!

http://www.youtube.com/watch?v=oftCpw1Y2dU&feature=PlayList&p=73F2FD67DB414B48&playnext=1&playnext_from=PL&index=13

Anônimo disse...

A Mariana tem razão! Assustador...