sexta-feira, 27 de abril de 2007

Paráfrase

Hoje estou com espírito plagiador. Vou citar Deus e o mundo e fingir que fui eu a escrever tantas pérolas.

Comecemos por Deus, então.



"O Senhor, à tua direita, no dia da sua ira, esmagará os reis. Ele julga entre as nações; enche-as de cadáveres; esmagará cabeças por toda a terra".

E ainda o singelo:

"Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra".

Agora o mundo.



"É melhor o pior terror stalinista do que a mais liberal democracia capitalista".
Alain Badiou

"É impossível encarar a própria morte objetivamente e assoviar ao mesmo tempo".
Woody Allen

"Eu nunca esqueço um rosto, mas no seu caso me encantaria abrir uma exceção".
Groucho Marx

"O último capitalista que enforcaremos será aquele que nos vendeu a corda".
Karl Marx

"A América é o único país que foi da barbárie à decadência sem passar pela civilização".
Oscar Wilde

"Quem tá na chuva é pra se queimar"
Vicente Mateus

Deveras não me restou nada no cérebro a produzir. Deixo-vos, portanto, com mais uma daquelas imagens sem cabimento.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Во имя жизни...

É aquilo que dizem os escorregadores... "Como os anos passam rápido". Parece que ontem mesmo escrevi aqui pela última vez, e no entanto lá se vão dois meses... Parece que ontem mesmo conversei com um rapazola muito promissor em Moscou, que estudava medicina e escrevia crônicas meio que de galhofa, e no entanto lá se vão 127 anos...



Parece que ontem mesmo expliquei a um tal Alexander como se poderia vencer um carga de cavalaria teutônica, e no entanto lá se vão 765 anos...



Parece que ontem mesmo derrubei sem querer um martelo na perna de um menino chamado Yaroslav, acidente esse que o deixou meio manco pelo resto da vida, pobrezinho...



E no entanto, 1019 já se passaram...

E me lembro como se fora ontem o dia em que drevlianos enfurecidos assassinaram Igor de Kiev, e no entanto 1062 anos já se foram...



Pois.

Toda essa ladainha por conta da bendita nostalgia, essa tristeza meio sorridente que experimentamos ao perceber que somos homens no tempo.

Em uma semana, um ano terá se passado desde o dia em que cheguei à Rússia.



Passou-se pouco mais que isso entre o fim do sítio de Leningrad e o dia da Vitória; esse último foi numa longínqüa quarta-feira de 1945, sessenta e dois anos atrás...

9 de maio, quarta-feira.